A cozinha de Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci
A Última Ceia

Leonardo da Vinci, o maior gênio de todos os tempos

a cozinha de Leonardo da Vinci
Sandrinho… da Vinci

Todos sabem que Leonardo da Vinci (1452-1519), o maior gênio de todos os tempos, foi cientista, engenheiro, inventor, pintor, escultor, arquiteto, cenografista, músico, anatomista, matemático, astrônomo e botânico.
Entre suas invenções, concebidas 500 anos antes de sua efetiva realização, citamos, como exemplo, o automóvel, o helicóptero, o paraquedas, o carro armado, a calculadora. Mas quantos sabem que Leonardo foi também gastrônomo, chef, proprietário de restaurante e inventor de objetos de cozinha? Neste artigo veremos, em detalhes, a contribuição do grande gênio à gastronomia.

A Taverna das Três Rãs

Leonardo, apenas concluídos seus 18 anos, começou a frequentar a oficina de Verrocchio, uma espécie de universidade dos artistas, onde logo tornou-se o primeiro da classe, competindo com o próprio professor Andrea del Verrocchio. Foi nessa oficina que conheceu Sandro Botticelli, um dos maiores pintores do Renascimento, destinado a ser seu sócio futuramente na área gastronômica. Frequentar a oficina de Verrocchio foi fundamental para a formação artístico científica de Leonardo, mas não lhe dava meios suficientes para viver. Assim, à noite ele procurava ganhar alguma coisa trabalhando como garçom na Taverna dos Três Caracóis, próximo à Ponte Vecchio, em Florença. Mas uma noite aconteceu um imprevisto: os três cozinheiros da taverna morreram envenenados. Suas mortes ficaram envolvidas em mistérios e Leonardo foi imediatamente promovido a chefe dos cozinheiros.
Tomado pelo entusiasmo, começou a experimentar novos pratos, mas não obteve aprovação dos clientes, que convenceram o proprietário a demiti-lo. Leonardo não desanimou. Acreditando ainda em sua cozinha criativa, passou a cozinheiro empresário, abrindo, juntamente com o amigo Botticelli, a “Osteria delle Tre Rane” (Taverna das Três Rãs), onde o menu era incompreensível, uma vez que escrito da direita para a esquerda (por sorte, Boticelli desenhou os pratos sobre o menu).

comer na idade media Os pratos preparados por Leonardo eram muito inovadores para a época como, por exemplo, os “rolinhos de anchovas, acompanhados de um nabo esculpido em forma de rã“. É inútil dizer que em pouco tempo a Taverna das Três Rãs faliu por falta de clientes e, assim, cada um tomou a sua estrada.
Leonardo mudou-se para Milão, onde se reinventou como confeiteiro, como se pode deduzir de um comentário feito numa carta endereçada a Ludovico o Mouro, Duque da cidade: “faço tortas que não existem iguais”.
Certamente, a modéstia não era uma das virtudes de Leonardo. Sempre para ficar no âmbito da gastronomia, escreveu o Codigo Romanov, conservado no museu de Hermitage, em São Petesburgo e onde, entre os diversos assuntos tratados, estão também as boas normas a serem seguidas enquanto se come: não colocar os pés sobre a mesa, não enfiar os dedos no nariz, não cuspir no prato a comida mastigada, etc. Ainda existem dúvidas sobre a autenticidade do Código Romanov, mas isto em nada desmerece a criatividade de Leonardo também no campo culinário.

As invenções

Invenção de Leonardo da Vinci
Projeto de liquificador… “humano”

Em seu período milanês, inventou alguns utensílios muito importantes para a cozinha, descritos no Código Atlântico, conservado na Biblioteca Ambrosiana de Milão. Quem haveria de imaginar que inventou a máquina de fazer espaguetes, o liquidificador, o saca-rolhas, o assador giratório, o garfo, o picador de alho e o guardanapo? Que seria de nossa vida, míseros comedores de macarrão, se Leonardo não tivesse existido? Mas quem, mais do que ninguém, deveria agradecer ao grande gênio italiano é Mc Donald; aliás, diria mais: deveria pagar-lhe os direitos autorais! Foi Leonardo que inventou o sanduíche, como se descobre num de seus escritos: “eu pensava de unir a carne ao pão, mas como posso denominar esse prato?
Em meio a tantas informações, sabe-se lá quais verdadeiras, quais apenas lendas, descobrimos um Leonardo muito dedicado à cozinha. Quem sabe, não fosse ele, e ainda estaríamos comendo com os pés sobre a mesa, limpando a boca com a manga da camisa, fazendo fila no Mc Donald para comer hambúrguer sem pão!

A Água Rosa

Na página 482 do Código Atlântico, Leonardo descreve uma de suas receitas mais famosas, a Água Rosa – uma espécie de Viagra da época do renascimento que, além de saciar a sede, era uma bebida afrodisíaca.

Ingredientes:

  • um litro de água da fonte;
  • três colheres de açúcar;
  • dois limões;
  • uma colher de aroma natural de rosa.

Espremer os dois limões colocando o suco na água, juntamente com o aroma natural de rosa.
Mexer até que o açúcar se dissolva completamente, deixar resfriar na geladeira (quem sabe se Leonardo, na época, inventou também a geladeira!). Eu experimentei a Água Rosa e é, realmente, uma bebida que tira a sede. Quanto a seus efeitos afrodisíacos… acredito não ser este o espaço adequado para contar o que aconteceu depois…

Água Rosa - Receita de Leonardo da Vinci

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